...ouço da minha janela o rebolcar do vento pelo corredor da entrada de minha casa...
...de tão forte ele assovia...assovia tanto como se quisesse falar algo ou anunciar alguma coisa...
...como queria que com esse soprar ele anunciasse sua chegada...
...como seria bom se um desses assovios, fosse sua voz a dizer eu estou aqui...ou
se o balanço das folhas fosse seus passos vindo em minha direção...
...ah como seria maravilhosa a sensação de ao abrir a janela ver você sorrindo para mim de braços abertos a me dizer vem...estou aqui...
...e num sorriso largo, correria em sua direção e me atiraria em seu braços...no envolto do abraço apertado, a sentir o calor do teu corpo e a firmeza da segurança...
...Como eu queria fechar meus olhos e, transformar apenas um assovio desse soprar do vento rebolcando pelo corredor, em você chegando...
...mas ao abrir a janela, senti apenas o vento gelado, do assovio pelo corredor a soprar meus cabelos...no impulso fechei os olhos, na última esperança de que ao abri-los te veria...
...mas ao abrir os mesmos, vi apenas as folhas da árvore a balançar...o céu escuro e sem uma estrela a testemunhar, senti nesse momento meus olhos e, sem conseguir me segurar, lágrimas escorriam incessantemente sem parar...
...E mais uma vez dei-me conta, de que sozinha aqui eu estava...
...Já com a face cansada...fechei novamente meus olhos e fiquei ali...
...apenas sentindo o rebolcar do vento pelo corredor a assoviar...
...E guardei em minha alma a brisa leve que pairava no ar...
...deixando assim uma pontinha de esperança de ver você um dia chegar...
...anunciado pelo assovio rebolcado do vento a me avisar...
de minha autoria...
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